A misteriosa coleção de carros exóticos do Sultão do Brunei ficou muitos anos longe da vista dos meros mortais – até esta semana, quando 21 deles apareceram à venda por até US$ 2 milhões. E sabe o que é pior? O sultão nunca andou na maioria deles.
Os anúncios publicados nos classificados de carros de luxo JamesList não citam a origem ou o nome do dono atual – exceto sua localização na ilha de Bornéu. Alguns não têm a indicação de quilometragem, e poucos têm o preço publicado, o maior deles para a Ferrari Enzo 2004, oferecida por R$ 3,2 milhões (1,4 milhões de euros). E como visitantes já notaram, uma ilha tropical não é o lugar ideal para guardar um supercarro e esperar que ele sobreviva ao clima úmido e salgado, sem manutenção constante. (A mancha marrom no interior deste aqui pode ser Ebola.)
Mas a negligência do Sultão era tão abrangente que muitos deles, incluindo a Enzo, o Jaguar XJ220, a BMW Nazca V12 e o Cizeta V16 da imagem no topo têm a mesma quilometragem no hodômetro do dia em que deixaram a fábrica. Esse tipo de acúmulo pode agradar alguns colecionadores e museus, mas neste caso é uma tragédia. Não só o déspota trilhardário desperdiçou os recursos do país em brinquedos com os quais ninguém brincou, não dá para saber quanto dos motores e suspensões se converteram em caríssimos exemplares de ferrugem.
A perda de algumas Ferraris não é algo que fará o mundo parar, mas muitos destes carros são um pedaço da história e merecem um tratamento melhor do que o que receberam até agora. Se alguém com os recursos necessários quiser nos ajudar a lançar a Sociedade para Prevenção da Crueldade contra Supercarros, é só avisar.
Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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