7 de jun. de 2011

Remarcar GP do Bahrein é contra as regras, diz ex-presidente da FIA

Max Mosley é outro nome importante presente na audiência, que só não contou com Flávio Briatore, ex-chefe de equipe da Renault. Foto: AP
Max Mosley afirmou que a reinclusão do GP do Bahrein na temporada 2011 é contra as regras
Foto: AP

O ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, alegou que a remarcação do GP do Bahrein para 30 de outubro, e a consequente mudança da prova da Índia para dezembro, é contra o regulamento da entidade. Ele argumenta que esse tipo de decisão só pode ser tomada se todas as equipes concordarem.

A prova do Golfo Pérsico estava inicialmente prevista para março, mas revoltas populares contra o governo e falta de segurança fizeram com que ela fosse suspensa.
"Não acredito que há chances do Grande Prêmio do Bahrein acontecer. Existem problemas com os direitos humanos em muitos países, e não é interessante o esporte interferir nisso. É problemático quando o esporte promove objetivos políticos - neste caso, para dar a impressão que está tudo certo", comentou Mosley.
"Além de todo o resto, você não pode mudar o calendário na forma que foi proposta sem a concordância unânime dos times. É parte do regulamento, artigo 66 do código internacional esportivo. Até a concordância por escrito chegar, você não pode mudar a data", reforçou.
Pilotos experientes, como Mark Webber, da Red Bull, e Rubens Barrichello, da Williams, já se declararam contra a realização da prova.
O atual presidente da FIA, Jean Todt, defendeu a remarcação, rebatendo que mandou um representente, o chefe da Federação de Automobilismo da Espanha, Carlos Garcia, para avaliar a situação do país. Ele se encontrou com grupos de direitos humanos e deu o aval. O dono dos direitos comerciais da F1, Bernie Ecclestone, porém, afirmou que esses grupos eram ligados ao governo e Mosley ironizou.
"O problema é que eles mandaram alguém para checar o Bahrein, mas o cavalheiro, um homem muito, muito gentil chamado Carlos Garcia, não fala inglês e, pelo que sei, também não fala árabe", contou.
"Ele foi levado por representantes do governo e não sabia nada do que estava acontecendo e acima de tudo não pediu para ver as pessoas que um advogado de direitos humanos pediu", acrescentou.


Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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