22 de jun. de 2011

Presidente da Renault-Nissan diz que China deverá ter 'supermarca'

Brasileiro Carlos Ghosn falou em evento da Reuters em Tóquio. Para ele, China disputará mercado com grandes montadoras em breve.

carlos ghosn renault (Foto: Reuters)
Carlos Ghosn em evento da agência Reuters em
Tóquio (Foto: Toru Hanai/Reuters)
O presidente do grupo Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, disse à Reuters nesta quarta-feira (22) que a China poderá, dentro de cinco anos, ter uma marca global para competir com as grandes fabricantes estrangeiras de veículos.
Em evento da agência de notícias em Tóquio, o executivo explicou que uma "supermontadora" poderá surgir da reunião de várias marcas pequenas da fragmentada indústria automobilística chinesa. Ou então se uma fabricante chinesa conseguir comprar uma grande marca internacional de veículos.

A reportagem da Reuters lembra que esse tipo de negócio aconteceu, em menor escala, com a chinesa Geely, que comprou a sueca Volvo da Ford no ano passado. Um parceiro em potencial para a China, aponta a agência, seria a Opel, subsidiária da General Motors na Europa, cuja venda foi aventada para a Magna International, do Canadá, em 2009, mas acabou não sendo concluída.
Ghosn, no entanto, evitou comentar a possibilidade de compra ou junção da Opel com uma montadora chinesa. "Não vou dar nomes, mas esse tipo de coisa pode acontecer com uma grande fabricante", disse.
O governo chinês só permite que montadoras estrangeiras atuem no país mediante parcerias com fabricantes locais. Marcas da GM e do grupo Volkswagen continuam no topo das vendas no país, mas dezenas de nomes locais também têm seu espaço, fortemente apoiadas pelos governos das províncias. Atualmente líder em vendas de veículos, a China está superando os Estados Unidos também como o mercado mais lucrativo para o setor, apontou o CEO da Renault-Nissan.

Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros

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