Confira o primeiro teste da nova versão do Renault, à venda por R$ 43.490
Versão automática passa a ser modelo topo de linha do Sandero. |
Na virada de 2007 para 2008, o Sandero chegou com espaço de médio por preço de compacto, o mesmo tipo de receita oferecida também pelo Logan, sedã que empresta a plataforma ao hatch. Logo no primeiro teste, porém, o Sandero deu sinais sonoros e visuais que precisava evoluir. O modelo fazia barulho interno além do aceitável, e o acabamento deixava a desejar.
O modelo mostrou boa agilidade no trânsito, e apresentou menos trancos do que a transmissão automática dos conterrâneos Peugeot (207, 307, etc.) e Citroën (C3, C3 Picasso...). Em comum, todas têm quatro marchas. No Sandero, a Renault informa que a caixa vem com nove programas, para se adaptar ao estilo de condução do motorista. Assim, ela pode oferecer desde respostas mais suaves até um estilo mais esportivo.
Tampa traseira é poluída de tantos logotipos. Lanternas mudaram na reestilização |
Embora tenha apresentado bom comportamento no uso urbano e rodoviário, o Sandero sofreu na subida íngreme existente no caminho de casa.
Lá, a falta da quinta marcha ficou evidente, porque em segunda a rotação caiu abaixo de 2.000 rpm, fazendo o desempenho diminuir demais. Quando forcei a redução para primeira com o kick down (pé no fundo), o ponteiro do conta-giros subiu para mais de 5 mil giros. Ou seja, nessa situação não há meio termo: ou a rotação sobe demais em primeira ou o desempenho cai demais em segunda. Uma relação mais próxima entre as marchas (solução normalmente trazida pela quinta marcha) talvez resolvesse o problema.
TESTE AUTOESPORTE | |
0 a 100 km/h | 13,5 s |
40 a 80 km/h | 7,1 s |
Consumo urbano | 6,3 km/l |
Consumo rodoviário | 9,1 km/l |
Mesmo tendo evoluído sob alguns aspectos (ruído e acabamento), em algumas coisas o Sandero ainda precisa melhorar. Caso do marcador de combustível: ele continua tão confiável como uma nota de R$ 3,00. Ele informa que o reservatório permanece cheio mesmo depois de o carro rodar quase 200 km, o que é um evidente exagero. Durante o teste, todas as barras continuavam acesas, apesar de o computador de bordo indicar que o veículo já havia gasto 28 litros (ou mais da metade do tanque de 50 litros).
Falta iluminação no trilho do câmbio automático. Acabamento e silêncio interno melhoraram com a reestilização |
A maior virtude do Sandero – espaço interno – continua intacta. O hatch parece aqueles apartamentos antigos, com pé direito bem alto. Para onde você olhar, sobra espaço. Nenhum outro carro dessa categoria consegue acomodar cinco ocupantes, tamanho G. O Sandero se assemelha a um apartamento antigo também por causa de outro aspecto: várias vezes, ao bater a tampa traseira, a luz de teto despencou, e ficou presa apenas pela fiação.
Continuo achando que no projeto do Sandero a função foi muito mais determinante que a forma. O espaço é nota 10. Já o estilo está bem longe disso. Particularmente, acho o visual lateral muito mal resolvido. Nessa versão automática, a tampa traseira é muito poluída: tem a palavra “Sandero” no centro, “Renault” no lado esquerdo, “automatic” no lado direito e “HiFlex” no vidro. É quase um outdoor ambulante.
O Sandero Privilège vem de série com trio elétrico, ar, direção hidráulica, som com comandos na coluna de direção, etc. Os vidros elétricos não dispõem de um toque nem para o motorista. E a coluna de direção, embora seja regulável, tem ajuste apenas na altura, e não em profundidade. Os únicos opcionais são freios ABS, airbag duplo, terceiro apoio de cabeça no banco traseiro e volante revestido de couro.
Espaço interno digno de carro médio continua um dos destaques do Sandero perante à concorrência |
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com
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