27 de mai. de 2011

Motos terão que reduzir emissão de poluentes

Estudo mostra que até 2017 haverá mais motos do que carros nas ruas.  País deve ficar no mesmo nível de tolerância da Europa, EUA e Japão.

Mais de 400 motos apreendidas em operação vão para depósito no Rio (Foto: Tássia Thum/G1)
Limites colocam Brasil no nível de tolerância
adotado na Europa e nos EUA(Foto: Arquivo/G1)
Motocicletas fabricadas no Brasil terão limites de emissão de poluentes mais rigorosos a partir de 2014, conforme resolução aprovada na quinta-feira (26) pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).  A medida alcançará até as motos importadas. Os novos limites colocarão o país no mesmo nível de tolerância já adotado por Europa, Estados Unidos e Japão.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na quarta-feira (25) mostrou que até 2017 haverá mais motos do que carros nas ruas. E parte da frota ainda polui até quatro vezes mais do que carros, informou Rudolf Noronha, gerente de qualidade do ar do Ministério do Meio Ambiente, referindo-se às motocicletas fabricadas até o início do Programa de Controle da Poluição do Ar por Ciclomotores, Motociclos e Similares, o Promot, criado em 2002. Em 2014, entrará em vigor a fase quatro do programa, com limites ainda mais rigorosos já indicados para 2016.
O médico e professor Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), explica que o processo é positivo. Segundo ele, quando o programa de controle de emissões veiculares foi criado, em 1986, a moto quase não foi levada em conta. "Hoje elas já circulam quase em igual número. Agora tem de controlar igual. Eu acredito muito no sucesso desse programa, porque a moto tem uma vida útil mais curta. Um caminhão ruim dura 30 a 40 anos e uma moto na mão de um motoboy dura cerca de 5 anos. Assim, a velocidade de renovação é maior."
Os fabricantes de motocicletas não informaram o custo da adaptação nas linhas de produção. Honda e Yamaha dominam o mercado brasileiro, que também registra a presença maior de importados da China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros

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