Por Carina Mazarotto // Fotos de Fabio Aro
Visual do Edge ficou mais invocado com novos faróis e grade. Rodas de aro 20 são de série na versão Limited
Pau na máquina? Nada disso. “É por segurança”, explicou um engenheiro da Ford, no dia seguinte, enquanto desativava a função. Como é produzido em Oakville, no Canadá, o Edge recebe essa programação antes de partir para os 60 países onde é vendido. É uma medida para evitar o uso desnecessário de alguns sistemas eletrônicos durante o transporte nos navios e, assim, economizar a bateria. Mas você não precisa se preocupar com isso. A função é desativada na concessionária – só aconteceu com a gente porque pegamos o veículo antes mesmo de ele chegar às lojas.
Sob o capô, o Edge 2011 traz o mesmo motor 3.5 V6, só que aprimorado. Além de novos componentes, recebeu duplo comando de válvulas variável e independente, que melhora o fluxo de ar e a eficiência da mistura, gerando maior potência e torque em baixas rotações. O resultado são 20 cv a mais que o modelo anterior (289 cv). Em nossos testes, o tempo de 0 a 100 km/h baixou de 9,2 s para 8,8 s. Mas o jipão acabou dando susto na pista: na quarta tomada da prova de aceleração, a 180 km/h no final da reta, os freios superaqueceram e perderam eficiência. Os números comprovaram que a frenagem piorou. A 100 km/h, passou de 42,1 m para 44,4 m.
Quadro de instrumentos (versão Limited) tem duas telas de LCD configuráveis. Comando no volante são intuitivos
Tomo a liberdade de abusar de mais uma palavra da engenharia: inteligibilidade. Sabe quando você está em alta velocidade e consegue conversar sem alterar o tom de voz? É isso. A 120 km/h, em sexta marcha, o conta-giros aponta 2.000 rpm e o ambiente permanece silencioso. Resultado da aplicação de materiais de isolamento acústico na capa do motor, caixas de rodas, painel, para-brisa e vidros laterais. Isso sem contar o talento do Edge para a estrada. A suspensão trabalha tão suave que às vezes você esquece que está em um veículo desse porte. Aí vem uma curva e você lembra, já que a rolagem da carroceria é acentuada. Mas o controle de estabilidade dá uma força. O sistema de monitoramento de pontos cegos traz sinais de luz nos retrovisores laterais, que acendem logo que um obstáculo é detectado.
Os bancos são de couro (dianteiros com regulagem elétrica), assim como o porta-objetos entre os bancos. Dentro dele há espaço para diversos apetrechos tecnológicos: pen drive, iPod, iPad, iPhone. O compartimento traz entradas áudio e vídeo, SD Card, além de duas portas USB e tomada 12 volts. É ali que você encaixa a chave reserva (MyKey) e faz sua programação pelo quadro de instrumentos. É possível limitar a velocidade em até 120 km/h e o volume do som; assim você evita que manobristas abusados saiam por aí desfrutando de toda a potência dos 12 alto-falantes.
Os sistemas My Ford Touch (todos os comandos sensíveis ao toque) e Sync (entretenimento da Sony) no console central dão ao ambiente uma aparência de... “nave!”, comentou meu cunhado. O Edge está mesmo todo hi-tech. E por isso o acabamento imitando madeira, em partes do painel, destoa do ambiente. Com tanta tecnologia também é impossível não sentir falta do GPS. “Seria necessário adaptar todos os sistemas para o português, mas está em nossos planos”, justifica Lucíola Almeida, gerente de marketing. Todos os comandos do Edge, incluindo os de voz, estão em inglês, espanhol e francês.
Sete cores de iluminação interna estão disponíveis pela tela. Há entrada auxiliar, USB, cartão SD e tomada 12V
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com
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