2 de mai. de 2012

Diretor da Pirelli: "Podemos mudar os pneus, se quiserem"

Fornecedora criou compostos com alto nível de desgaste a pedido da própria categoria, diz

Pneu Pirelli da F1 (Daniel Kalisz/LAT)

O diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, declarou que a fabricante italiana de pneus está disposta a mudar o conceito dos compostos que fornece à F1 se as equipes assim preferirem. No entanto, ele insistiu que a nova geração dos Pirelli está ajudando a tornar as corridas da temporada 2012 mais emocionantes e que não há indícios de que os novos tipos de borracha estejam desagradando os fãs.

"Nos pediram para adotar uma certa filosofia e os times concordaram com isso", defendeu. "O líder [da Associação] das equipes era Ross [Brawn, chefe da Mercedes] e ele nos disse que o GP do Canadá de 2010 era o modelo ideal com o qual queriam que nós trabalhássemos", lembrou. Naquele ano, a prova em Montreal foi uma das únicas em que os competidores sofreram com desgaste excessivo dos pneus, à época da Bridgestone, e tiveram que apelar para mais de um pitstop.
"O que queremos? Que um carro suma [na liderança] durante a corrida? O público se afastou da categoria quando isso aconteceu, por isso houve uma postura clara de dar um novo rumo às corridas por parte de quem comanda o esporte. [Mas], se acharem que estamos sendo muito agressivos, podemos mudar, fornecendo pneus que não degradem e permitam a todos andarem no limite", ressaltou.
Hembery rememorou que, em 2011, a Pirelli já havia adotado tal estratégia ao construir compostos médios e duros com baixo índice de desgaste. O diretor disse ainda que, apesar de estar "com a mente aberta" para sugestões, ficaria surpreso se os dirigentes acompanhassem as críticas de alguns pilotos, como Michael Schumacher, e realmente solicitassem uma alteração.
"Eu entendeo a frustração de Michael, mas é a categoria quem nos pede. Há uma estranha distorção no argumento de que os pilotos não estão andando no limite. Os quatro vencedores do ano estavam no limite e foram mais velozes que seus companheiros, portanto é difícil para mim entender essa lógica", criticou.
"Limitamos a uma certa dimensão aquilo que eles podem forçar, mas não significa que eles não tenham mais nenhuma influência. Não há dúvidas [de que os pilotos contam] e isso é muito importante em um esporte em que os protagonistas devem ser os pilotos", completou.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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