Hatch e sedã ganham equipamentos e se alinham ao DNA visual da VW. Direção e ar quente, no entanto, continuam como opcionais.
Quem te viu, quem te vê, Gol.
A partir de agora o hatch traz de série, desde o modelo 1.0, itens que
até então, pela sua ausência, frustravam qualquer potencial comprador
dele. Vidros dianteiros e travas das portas com acionamento elétrico e
limpador do para-brisa com temporizador, outrora opcionais quase
obrigatórios, agora vêm sem o cliente pedir. Vidro traseiro sujo e
embaçado? Coisa do passado: lavador, limpador e desembaçador agora estão
sempre lá. Até aos vaidosos ele passou a dar atenção, com espelhos nos
dois para-sóis. E para completar, adeus painel sem conta-giros. E tudo
isso custando R$ 86 a mais que o antigo modelo.
Frente é praticamente idêntica à do Fox (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Tanta generosidade, no entanto, tem motivo. Dois, aliás: Toyota Etios e Hyundai HB,
compactos que terão suas miras apontadas principalmente para o Gol
quando chegarem, em setembro e novembro, respectivamente.
“Alguns itens se tornaram equipamentos de série por conta do conteúdo que imaginamos que os futuros concorrentes vão oferecer”, admite Henrique Sampaio, gerente de marketing da VW. O executivo se refere aos modelos asiáticos, embora atualmente o Gol tenha 21 concorrentes, contra 11 em 2003, segundo levantamento da empresa.
Family faceAinda não se sabe ao certo como o
futuro compacto da Hyundai será esteticamente, mas, no que depender do
que têm exibido os últimos lançamentos da marca coreana, o até então
conhecido como HB deve ter linhas atraentes. E aqui o Gol deverá se
defender bem. A tal identidade visual da marca, que permeia quase toda a
gama da montadora, pode ser um tanto repetitiva – Fox e Gol agora são
praticamente iguais vistos de frente, embora a Volks insista que não –,
mas é preciso admitir sua competência. Há proporcionalidade entre os
elementos (grade e faróis encaixam perfeitamente) e harmonia entre
frente e traseira. Dá até pra confundi-lo com o Polo europeu, o que é um elogio. Já com o visual do Etios não há com o que o Gol se preocupar.
Iluminação das lanternas segue padrão mundial da VW (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
No caso do Voyage, o caminho é contrário: o dono de um Jetta
ter seu sedã confundido com o modelo menor (e mais barato). Nele, as
lanternas também têm o tal “L” deitado, para que seja sempre
reconhecível à noite. E também não será surpresa a confusão entre Voyage
e Grand Siena, vistos de trás
Embora tenham contornos diferentes, exibem exatamente a mesma distribuição: lanternas duplas (fixadas tanto na carroceria quanto na tampa do porta-malas) com a luz de ré acima da de freio, refletores nas extremidades inferiores do para-choque – que também abriga as placas – e uma proeminência na tampa do porta-malas, que discretamente insinua um aerofólio.
Mudanças na traseira do Voyage são sensíveis (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
InteriorAlgumas mudanças de praxe em
reestilizações de meia-idade não fogem do esperado: painel com nova
iluminação (branca substituindo a azul, no caso), novos tecidos para os
bancos e painéis das portas e saídas do ar-condicionado minimamente
diferentes. O novo rádio, este sim notável, traz um gráfico de
aproximação de obstáculos traseiros, quando equipa-se os modelo com
sensor de ré. Vale destacar também a nova posição do acionamento dos
faróis, que saiu da alavanca de seta para o lado esquerdo do painel,
como em carros de categorias superiores.
Interior não é espaçoso como o do Fox, mas é bem construído (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Já o painel continua um lugar apertado para tantas informações. O
computador de bordo parece se espremer entre conta-giros e velocímetro, e
o resultado é ter que se aproximar do painel para ler os minúsculos
números da quilometragem, por exemplo.
Painel tem boa iluminação, mas requer esforço na leitura (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Quase BluemotionSegundo explica a Volkswagen,
apesar da identificação Bluemotion na tampa do porta-malas, não se trata
especificamente de uma versão, como ocorre em Polo e Fox.
Gol e Voyage apenas trazem pneus com menos resistência à rolagem
(pretensiosamente chamados de “verdes”) e um indicador do painel que diz
ao condutor qual marcha usar (kit opcional que custa R$ 324).
VW Voyage Bluemotion Technologies (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Para ser de fato “Bluemotion”, precisariam ter as relações das marchas
alongadas, pacote aerodinâmico e caracterização visual mais acentuada.
Enquanto o Fox Bluemotion promete 10% de economia de combustível, Gol e Voyage
Bluemotion Technologies podem chegar a 8%, de acordo com dados da
marca. Sem o kit, oferecido apenas nas versões 1.0, o consumo pode ser
até 4% menor.
O G1 experimentou as versões Power do Gol e Bluemotion Technologies do Voyage, num percurso de 20 km com cada carro. O hatch, 1.6, era dotado de câmbio I-Motion, enquanto o sedã tinha motor 1.0.
Gol e Voyage ganharam o pacote Bluemotion Technologies (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Embora os números de potência e torque não tenham mudado, foi possível
notar uma pequena melhora no Voyage 1.0, principalmente em baixas
rotações. O ganho de velocidade continua naturalmente lento, mas ao
menos não foi preciso reduzir a marcha. Nas curvas, os pneus “verdes” se
fazem presentes, cantando mais cedo que o natural; e suas medidas
(175/70) o fazem adornar mais facilmente.
Alguns pontos característicos da dirigibilidade do Voyage, no entanto, continuam lá: boa estabilidade, posição de guiar correta e câmbio com os melhores engates da categoria. E que ficaram melhores, graças à nova alavanca, importada do Jetta, mais ergonômica.
Quanto ao Gol 1.6 Power, as melhorias descritas pela Volks (menos atrito das peças) também passam quase imperceptíveis na prática. E o câmbio automatizado continua sendo o melhor entre seus pares, assim como igualmente continua menos divertido que o manual, com seus soluços a cada troca. As novas rodas de 16 polegadas melhoraram a estabilidade do carro, sem interferir tanto no conforto interno.
VW Gol Power (Foto: Divulgação/Ricardo Hirae)
Gol e Voyage evoluíram na primeira intervenção desde o lançamento da 3ª
geração, em 2008. Não se sabe se é o bastante para enfrentar Etios e,
principalmente, HB; mas foram mudanças substanciais. E o incremento
entre os itens de série é um avanço perto da magreza que um dia já foi a
versão básica de ambos. Mas insistir em deixar direção hidráulica,
airbag duplo e até mesmo ar quente como opcionais definitivamente não é
uma estratégia espelhada na futura investida asiática.
“Alguns itens se tornaram equipamentos de série por conta do conteúdo que imaginamos que os futuros concorrentes vão oferecer”, admite Henrique Sampaio, gerente de marketing da VW. O executivo se refere aos modelos asiáticos, embora atualmente o Gol tenha 21 concorrentes, contra 11 em 2003, segundo levantamento da empresa.
Embora tenham contornos diferentes, exibem exatamente a mesma distribuição: lanternas duplas (fixadas tanto na carroceria quanto na tampa do porta-malas) com a luz de ré acima da de freio, refletores nas extremidades inferiores do para-choque – que também abriga as placas – e uma proeminência na tampa do porta-malas, que discretamente insinua um aerofólio.
O G1 experimentou as versões Power do Gol e Bluemotion Technologies do Voyage, num percurso de 20 km com cada carro. O hatch, 1.6, era dotado de câmbio I-Motion, enquanto o sedã tinha motor 1.0.
Alguns pontos característicos da dirigibilidade do Voyage, no entanto, continuam lá: boa estabilidade, posição de guiar correta e câmbio com os melhores engates da categoria. E que ficaram melhores, graças à nova alavanca, importada do Jetta, mais ergonômica.
Quanto ao Gol 1.6 Power, as melhorias descritas pela Volks (menos atrito das peças) também passam quase imperceptíveis na prática. E o câmbio automatizado continua sendo o melhor entre seus pares, assim como igualmente continua menos divertido que o manual, com seus soluços a cada troca. As novas rodas de 16 polegadas melhoraram a estabilidade do carro, sem interferir tanto no conforto interno.
Fonte: G1
Disponível no(a): http://g1.globo.com/carros
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