Para não cair no erro do Apollo, seu sucessor Logus saía em 1993 com aparência diferente daquela do Escort de mesma geração no qual se baseava em que pese usar o mesmo para-brisa, estrutura interna de portas e indefectíveis maçanetas de pala.
Dele seria a honra de ser o primeiro sedã nacional de duas portas ou abaixo do Omega a vir com banco traseiro rebatível. Como todos os VW a água da época, vinha com eixo de torção, por obra e glória da Ford europeia, que optara por tal solução na plataforma que aqui também serviria ao Verona de segunda geração, o Orion europeu rebatizado. Seu acabamento poderia vir nos três níveis habituais da marca à época: CL, GL e GLS. Também teria gama de versões maior que a do Verona cover que o antecedeu, a ponto de o CL poder vir com o AE-1600, nada mais que o CHT rebatizado e com melhorias, fazendo o DNA da Volks resumir-se a logotipia e linhas gerais, que antecipavam parte do padrão que no exterior seria inaugurado pela reestilização do Passat III. De motor VW, a opção seria o 1.8 praticamente igual ao do Apollo, que seria criticado pelo baixo desempenho ao impulsionar um carro mais pesado e levando o GLS a fazer feio perante uma concorrência que, devido à baixa variedade de carrocerias, podia vir tanto de um Kadett quanto do próprio Escort e do Tipo em versão de três portas, uma vez que sedãs de duas portas na categoria deixavam de existir. Um de seus trunfos estava na hora de engatar as marchas, com acionamento por cabo, que traria uma maciez inédita para carros de motor transversal da época, transmissão essa igual à do Golf III.
VW Pointer A força desejada viria no modelo 1994, com o motor 2.0 no GLS. Porém, este viria com carburador eletrônico, algo que já era praguejado no 1.8 desde o ano anterior. Sumiria também uma característica Ford no CL, com o motor passando a ser o AP-1600, que voltaria a existir em carros da Autolatina aqui vendidos. No mesmo ano viria o Pointer, com pretensão de ser mais sofisticado e primeiro hatch de quatro portas no país desde o fim de tal configuração no primeiro Escort nacional e, na marca alemã, do Brasília. O lançamento deste modelo chegou a ser adiado para que todas as versões viessem com injeção eletrônica. No fim daquele mesmo ano, e como modelo 1995, viria o Logus GLSi, com o mesmo motor do Pointer GTi, um AP-2000 com injeção multiponto. Injeção monoponto viria nas versões de motores menores. Naquele ano haveria a separação da Autolatina e a contagem regressiva para o fim dos dois carros. Para 1995, surgiria a versão Wolfsburg Edition para o Logus, usando os mesmos faróis e grade do Pointer e acabamento especial, tudo isso impulsionado pelo AP-2000i, que chegava a 120 cv na gasolina e 123 no álcool. Sumiam também as versões fixas, substituídas por pacotes de acabamento aplicáveis aos motores. Os dois modelos sairiam de linha no fim de 1996, dentro do acordo de divórcio. Na forma de modelo estático em tamanho real ficou um Logus reestilizado e, na prancheta, propostas de versões conversível e pick-up. O Logus até que foi bem-sucedido, registrando 43.240 unidades em seu ano de estreia, 40.587 em 1994, 24.261 em 1995 e 17.209 em 1996. Em seus melhores tempos, foi o VW mais vendido do Brasil que não se chamasse Gol. Já o Pointer refletiu a chegada conturbada, com 10.315 para 1994, 20.714 para 1995 e 1.717 em 1996, já acusando sinais de canibalização por parte do Golf III, importado do México e da Alemanha e também com configuração de quatro portas. Olhando o números da Fenabrave, ainda seriam vendidos 35 Logus em 1997, um ano após o fim da Autolatina. As linhas de ambos eram mais VW, incluindo o interior com poucas peças tipicamente Ford. Porém, era da marca oval o comportamento macio e não tão estável quanto sugere o medalhão na grade. Aliás, suspensão era um ponto fraco dos dois modelos, com problemas de buchas que os McGyvers de plantão descobriram que podem ser trocadas pelas usadas no Escort Zetec.
Fonte: Jolopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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