16 de mai. de 2012

Primeiras impressões: Chrysler Town & Country Touring

Minivan entrega, verdadeiramente, conforto e espaço para sete ocupantes. Preço pode chegar a salgados R$ 199,6 mil na versão topo de linha.

Apresentar no currículo credenciais que a posicionam como referência em veículo familiar serviu para a Town & Country se manter viva. Na junção entre Fiat e Chrysler, em 2009, alguns carros da marca norte-americana foram aposentados, como PT Cruiser (Chrysler), Caliber e Nitro (Dodge). A minivan não só atravessou a degola imune, como recebeu melhorias.
Versão Touring da Town & Country perde os faróis de xenon (Foto: Rodrigo Mora/G1)Versão Touring da Town & Country chegou ao Brasil em 2011 (Foto: Rodrigo Mora/G1)
Distante do imaginário da maioria dos consumidores brasileiros, acostumados com a Grand Caravan (sua versão da Dodge), a Town & Country estreou uma reestilização por aqui no ano passado e, meses depois, ganhou a versão Touring (aqui avaliada e que custa R$ 33 mil a menos que os R$ 199,9 mil cobrados pela topo de linha Limited).
Grade frontal e para-choque concentram maiores mudanças visuais (Foto: Rodrigo Mora/G1)Grade frontal e para-choque concentram maiores mudanças visuais (Foto: Rodrigo Mora/G1)
Entre as mudanças, a mais evidente está no visual: para-choques e grade foram discretamente redesenhados; as rodas são inéditas e na traseira, além de lanternas com novo contorno, foi instalada uma régua acima da placa. Sutil, mas eficaz – o ineditismo é acentuado pelo fato de que não se vê muita Town & Country por aí. O interior foi rejuvenescido, e os destaques são o volante e o painel de instrumentos. Uma das mudanças, inclusive, mudou o caráter da aparentemente pacata minivan.
Painel de instrumentos traz nova grafia e esbanja requinte (Foto: Rodrigo Mora/G1)Painel de instrumentos traz nova grafia e esbanja requinte (Foto: Rodrigo Mora/G1)

Ao volante
Das novidades que chancelam a nova fase da Chrysler, o conjunto mecânico é um dos principais sinais de que a marca norte-americana inaugurou um novo período. Os motores de alta litragem conjugados à baixa potência e câmbio automático de quatro marchas foram enterrados. O propulsor que agora permeia quase toda linha Chrysler/Dodge/Jeep é o Pentastar – no caso da minivan um 3.6 V6, de 283 cavalos, que substituiu o antigo 3.8 de 193 cv. O câmbio é automático, de seis marchas.
A dupla motor e câmbio garante ao modelo desempenho surpreendente, desde que seu uso seja contextualizado: como carro, há opções muito mais instigantes ao volante por R$ 166,9 mil; como minivan, entrega dirigibilidade acima da média. A começar pela postura de guiar, que permite um posicionamento mais amplo – banco mais alto e volante mais na horizontal, ou banco mais rente ao chão e volante na vertical, possibilidade rara entre as minivans mais comuns.
A alavanca de câmbio no painel é um diferencial bem-vindo, mas o modo sequencial é um recurso, nesse caso, desnecessário: as respostas e a posição são contrárias aos princípios de esportividade. Melhor manter as mãos no confortável volante, dono de uma das melhores disposições de comandos, com funções do computador de bordo e cruise control no polegar e áudio na parte anterior da peça.
Quem vem de sedãs poderá sentir um gosto amargo pelo jeitão “micro-ônibus” de ser da Town & Country, mas a essa altura da vida prioriza-se muito mais o conforto familiar do que os próprios prazeres.
Entrada lateral
Se ao volante a alegria é relativa, ver toda a família confortavelmente acomodada enche o dono da Town & Country de orgulho. A minivan não só carrega verdadeiramente sete ocupantes, como proporciona um acesso mais fácil à última fileira, graças às portas laterais corrediças – acionadas por botão, evitando esforço dos passageiros em abri-las ou fechá-las.
Portas corrediças facilitam embarque e desembarque (Foto: Rodrigo Mora/G1)Portas corrediças facilitam embarque e desembarque (Foto: Rodrigo Mora/G1)
É fato que os bancos lá atrás não são tão confortáveis como os da frente, mas quem viaja na terceira fileira, especialmente, tem mais espaço do que se estivesse nos últimos bancos de um utilitário esportivo para sete ocupantes.
Acesso ao banco traseiro é facilitado (Foto: Rodrigo Mora/G1)Acesso ao banco traseiro é facilitado (Foto: Rodrigo Mora/G1)
Isso sem falar na quantidade de porta-objetos: quando imagina-se ter encontrado todos, acaba aparecendo mais um, escondido sob o assoalho ou sob o console central. Porta-copos são seis, só na frente.
Mesmo com algumas perdas em relação à versão Limited (memórias para o banco do motorista, bancos da 3ª fileira rebatíveis, dobráveis e bi-partidos eletricamente; espelhos retrovisores elétricos com memória, rebatíveis eletricamente e com luzes direcionais integradas e faróis de xenon), a configuração Touring satisfaz a família com ar-condicionado de três zonas, persianas laterais na 2ª e 3ª fileiras, bancos em couro e o sistema MYGIG, que armazena até 30GB de som e imagens – os recursos são bons, mas o visual é sofrível.
Stow'n Go
Se até aqui a Town & Country se mostra mais versátil e prática do que as minivans comuns, é  graças ao sistema Stow'n Go que ela aniquila qualquer dúvida: ao surgir a necessidade por mais espaço, basta "guardar" os bancos da segunda fileira sob o assoalho, numa operação simples e rápida.
Bancos são confortáveis, seja qual for a fileira de assentos (Foto: Rodrigo Mora/G1)Bancos são confortáveis, seja qual for a fileira de assentos (Foto: Rodrigo Mora/G1)
SUVs e crossovers bem que tentam fazer o papel de carros familiares, mas nenhum deles alcança os mesmos níveis de praticidade e versatilidade da Chrysler Town & Country. E com tanta comodidade e espaço, dá pra fazer quase tudo no seu interior – quem sabe até ampliar a família.

Fonte: G1
Disponível no(a): http://g1.globo.com/carros
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