8 de fev. de 2012

F-1-Adrian Newey e a aposta por Rafael Lopes

RBR RB8
1 – Sebastian Vettel (ALE) 
2 – Mark Webber (AUS) 

O Rafael Lopes começa nesta quarta-feira a série de posts com a análise dos carros lançados para a temporada 2012 da Fórmula 1. E nada melhor para começar que a equipe campeã dos últimos dois anos: a RBR de Adrian Newey, o mago da aerodinâmica.
E qual não foi a surpresa ao ver que nem ele conseguiu escapar da tendência dos degraus na parte dianteira dos carros, causada pelo novo regulamento da categoria, que prevê uma altura máxima de 55 centímetros do bico, por motivos de segurança em colisões laterais. Entretanto, o RB8 vem com uma inovação: a parte mais alta é vazada e funciona como uma entrada de ar. Perguntado sobre a função da entrada de ar no degrau, Newey disse o óbvio: serviria apenas para refrigerar peças e o piloto. Alguém acreditou? Pois é, ninguém. A fama do projetista leva a crer que a solução encontrada para diminuir o arrasto tem outra função. Especulações dão conta de que o duto serviria para alimentar o difusor, em algo parecido com o proibido duto lançado pela McLaren há dois anos, mas sem a participação dos pilotos. Isso deixaria a novidade dentro das regras. O fato é que a destinação da entrada de ar continuará sendo um mistério por algum tempo. Mas não deve ser um trunfo tão grande quanto o banido difusor aquecido.

RBR RB8


Ainda quanto ao bico, Newey teve a preocupação de não mexer muito na base do chassi, o melhor da Fórmula 1 há duas temporadas. Por isso, o cockpit continua na mesma altura, o que causou a necessidade do uso do degrau. Se não é dos mais bonitos, o carro parece manter o DNA campeão. Mesmo assim, acho difícil vermos um domínio tão grande quanto o do ano passado, quando Sebastian Vettel levou o bi com algumas corridas de antecipação. O equilíbrio deve ser maior, mas o time austríaco está, de fato, um passo à frente dos rivais. Em relação ao campeão RB7, que venceu 12 das 19 corridas em 2011, o novo carro apresenta muitas semelhancas, exceção feita, é claro, ao bico. As laterais também têm linhas um pouco mais inclinadas, responsabilidade da nova posição dos escapamentos, que precisam ter suas saídas na parte mais alta da carenagem, para impedir que o fluxo de ar seja direcionado para o difusor. O motor continuará a ser o Renault, o mesmo usado no bicampeonato da Fórmula 1. A meta da equipe é manter o domínio dos últimos dois anos.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a): http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/
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