Novo crossover da marca japonesa traz plataforma inteiramente reformulada
Por Ruben Buraco
Do AutoCosmos/México
Do AutoCosmos/México
A empresa japonesa Mazda está em um momento crucial para o futuro. Agora que deixou de fazer parte da família Ford. Mesmo com vantagens, em termos de custos, no desenvolvimento de motores e plataformas que a marca já possuía, ainda sim tem um grande desafio para se manter atualizada. A realidade é que a marca não tem o mesmo potencial econômico para investir em novas tecnologias e plataformas como outras empresas como a General Motors, a Toyota ou Grupo Volkswagen.
Mas, isso não significa de forma alguma que a Mazda não seja capaz de inovar e revolucionar a indústria. É preciso lembrar que este fabricante de Hiroshima já mostrou ao mundo, em mais de uma ocasião, que a sua maneira diferente de fazer as coisas é eficaz. Como em 1991, nas 24 Horas de Le Mans, quando superou em muito as outras marcas ao apostar nos motores rotativos, embora a indústria já tivesse abandonado essa tecnologia. O sucesso foi tanto que os organizadores do evento optaram por proibir carros com esse tipo de mecânica.
Outro exemplo relevante é a forma como a Mazda ensinou ao mundo que era possível fazer um bom negócio produzindo roadsters acessíveis a todos os consumidores. Com qualidade, atraente design e excelente direção lançaram o o MX-5 Miata, ou, como é conhecido, o roadster mais vendido na história e um ícone da indústria automotiva.
Voltemos ao novo CX-5. Poucas vezes se vê na indústria automotiva atual casos como o desse crossover compacto. A Mazda não está apenas introduzindo um novo veículo, mas também uma plataforma inteiramente nova, uma família de motores, transmissão automática e nova linguagem de design, chamado Kodo. Para se ter noção da importância do projeto para a Mazda, eles esperam que carro se torne o segundo mais vendido, atrás apenas do Mazda3.
Boa dinâmica de condução, segurança e proteção ambiental. Essas são as bases da nova geração de motores, transmissões e chassis da Mazda, a SKYACTIV. O motor SKYACTIV-G é um 2.0 litros de injeção direta que entrega 155 cv e 150 lb-ft de torque a 4.000 giros, com economia de combustível15% melhor que o motor 2,0 do Mazda3. Também cumpre perfeitamente as mais rigorosas normas de emissões de CO2. O propulsor está ligado a dois câmbios de seis velocidades, um manual que é muito semelhante ao utilizado no MX-5, e um automático.
Por último, a estrutura do carro foi desenvolvida para ser leve e forte, com uso extensivo de aço de alta resistência. Dependendo da versão, o peso do CX-5 pode variar de 130 kg a 261 kg.
Na estrada, nos arredores de Los Angeles, por algumas vias de alta velocidade e outras com curvas bastante acentuadas, o novo Mazda CX-5 teve bom comportamento. A direção elétrica - mesma utilizada no Mazda2 – faz do manuseio do volante um prazer. A resposta do motor é boa, embora ele ainda precise ser testado na altitude do México. O câmbio permite aceleração rápida e carro também mostra boa recuperação em curvas.
As mudanças de marcha da transmissão automática são quase imperceptíveis e também o modo manual também se mostra bem interessante. Característica marcante dos Mazda, a dinâmica do CX-5 também é boa. Não no sentido de aceleração, mas no respeito ao espírito dos carros do fabricante.
O destaque negativo fica por conta do forte ruído do vento que invade a cabine. Sobre o problema, a Mazda já informou que estará solucionada para as primeiras unidades do modelo, que começam a ser vendidas no primeiro semestre do próximo ano.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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