Note poderá ser um peça importante para alavancar vendas da Nissan no Brasil
por Igor Macário
Auto Press
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A Nissan tem grandes ambições para o
Brasil. Depois de consolidar sua presença nos segmentos de entrada, com o
pequeno March e o sedã Versa, a marca japonesa mira diversificar seu
portfólio.
Já renovou totalmente o sedã médio Sentra e começou a trazer o
médio-grande Altima. Agora, é a vez de entrar em outro departamento: o
de monovolumes compactos, onde o Honda Fit segue invicto. Para essa
missão, a Nissan prepara o Note. O modelo ainda não tem data prevista
para chegar ao país, mas sua importação aparentemente faz parte da
estratégia da Nissan para o Brasil.
O Note segue a fórmula do Fit, ao
oferecer espaço e versatilidade numa embalagem mais compacta. Nos
Estados Unidos, ele substituiu o antigo Tiida hatch. Por lá, assim como o
Fit, ele é um dos carros de entrada da Nissan, mas que já possui
recheio suficiente – nas versões mais caras – para brigar pelo seu
próprio espaço nas garagens brasileiras. O monovolume é baseado na
plataforma V, a segunda geração da base B0 – B zero – desenvolvida pela
Nissan em parceria com a Renault. Ela dá suporte a vários modelos, como
os próprios March, Versa e Sentra já conhecidos. Além deles, outras
derivações servem aos Renault Sandero, Logan e ainda à quarta geração do
Clio europeu.
A similaridade até permitiria a produção
do monovolume na fábrica da Nissan em Resende, no Sul Fluminense, que
já tem as linhas de montagem de March e Versa confirmadas para começar a
produzi-los ainda em 2014. Mas o Note deve chegar mesmo importado do
México, aproveitando as condições tributárias do Inovar-Auto e o acordo
comercial entre os dois países. “Com a nacionalização de March e Versa,
nossas cotas de importação para produtos feitos no México aumentam para
outros modelos”, deixou escapar o presidente mundial e CEO da Nissan, o
brasileiro Carlos Ghosn, durante o anúncio da nova fábrica de motores da
marca na cidade de Resende, no início de janeiro.
Por enquanto, o Note é empurrado apenas
pelo propulsor 1.6 litro de 111 cv e 15,1 kgfm de torque. Para o Brasil,
poderá receber o motor flex que move o Livina. No mercado
norte-americano, o propulsor é acoplado a um câmbio manual de cinco
marchas na versão básica S, enquanto as SV rodam sempre com a
transmissão CVT, de relações continuamente variáveis, que envia força às
rodas dianteiras. Por lá, o Note é vendido em três versões: S, S Plus e
SV. No entanto, a topo pode ser equipada com pacotes SL – que
geralmente nomeiam as variantes mais caras. Eles adicionam equipamentos
interessantes ao Note, como navegador por GPS e câmaras ao redor do
carro para facilitar o estacionamento.
No interior, mais semelhanças com os
compactos da marca. A cabine é praticamente idêntica à do Versa – e do
March –, com a mesma disposição de equipamentos. Comandos de
ar-condicionado, vidros e até maçanetas internas e o cluster de
instrumentos são iguais aos do sedã compacto já conhecido no Brasil. Os
preços são coerentes com o posicionamento do carro no mercado
norte-americano. Lá, um Note básico parte dos US$ 13.990, pouco menos de
R$ 33 mil. As versões mais caras chegam aos R$ 43 mil, lotada de itens
como partida por botão e bancos com aquecimento. No Brasil, a Nissan
deve ser agressiva com a política de preços – comportamento já visto com
o Sentra. A julgar pelo fato que um Honda Fit começa nos R$ 49.990 com
motor 1.4, o modelo da Nissan deverá ficar abaixo desse patamar.
Primeiras Impressões
Caminho de vinda
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press
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Newport/Califórnia/Estados Unidos -
A versão do Note avaliada era uma básica S com câmbio manual. Se a
opção da Nissan for a mesma adotada ao lançar no Brasil modelos como
March, Versa e Sentra – ou seja, ter preços bastante competitivos –, o
Note S manual pode muito bem fazer parte do grupo de modelos importados
do México pela marca.
Embora a versão S seja bastante
despojada e os materiais internos não transmitam sensação de
sofisticação, apesar de a montagem parecer bem precisa, a primeira
impressão ao entrar a bordo é positiva. O teto elevado transmite a
sensação de que o espaço interno é amplo – um efeito bastante similar ao
obtido pelo concorrente Fit. Atrás, mesmo pessoas altas podem se
acomodar sem riscos de “cabeçadas”.
O câmbio manual do Note S, por sinal, é
um ponto alto do modelo. Bem justo e com engates precisos, permite tirar
um bom desempenho do motor 1.6 de 111 cv a gasolina. Apenas em
velocidades mais elevadas, faz falta um pouco mais de força ao conjunto.
Para o mercado brasileiro, pode ser adotado o motor 1.6 16V flex de 108
cv com etanol, de origem Renault, que move o monovolume Livina feito no
Paraná. O Livina, por sinal, vende pouco e pode até ter sua produção
nacional descontinuada se a Nissan realmente optar por trazer o Note ao
Brasil. Com o motor americano, em velocidades mais comedidas em
perímetro urbano, o compacto circula lépido e fagueiro pelas ruas bem
asfaltadas da cidade litorânea californiana. A suspensão macia ajuda a
tornar o passeio bem agradável.
O volante é similar ao utilizado pelo
Sentra e a direção elétrica do Note é bem direta – algo que transmite
segurança em trajetos sinuosos. E, nas manobras de estacionamento, o
volante fica levíssimo e permite entrar nas vagas sem esforços braçais.
Surpreendentemente, não foi possível perceber sensação de flutuação nas
retas ou instabilidade nas curvas, embora o monovolume tenha um perfil
elevado que possa sugerir um certo “rolling”. Já o isolamento acústico
do monovolume mexicano não é nada excepcional, pelo menos na versão
básica S avaliada. Em suma, se realmente vier ao Brasil, o Note pode vir
a dar muito trabalho à concorrência.
Ficha Técnica
Nissan Note S
Motor: A gasolina,
dianteiro, transversal, 1.598 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro
válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão e
exaustão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto
sequencial.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas (na versão S). Tração dianteira.
Potência máxima: 111 cv a 6 mil rpm.
Torque máximo: 15,1 kgfm a 4.400 rpm.
Diâmetro e curso: 78 mm X 83,6 mm. Taxa de compressão: 9,8:1.
Suspensão: Dianteira
independente do tipo McPherson com barra estabilizadora. Traseira por
eixo de torção com barra estabilizadora e molas helicoidais.
Pneus: 195/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Monovolume
em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,14 metros de
comprimento, 1,69 m de largura, 1,54 m de altura e 2,60 m de distância
entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.120 kg.
Capacidade do porta-malas: 272 litros.
Tanque de combustível: 41 litros.
Produção: Aguascalientes, México.
Itens de série: Ar-condicionado,
banco do motorista com regulagem de altura, direção com assistência
elétrica, airbags frontais, laterais e de cortina, espelhos elétricos,
controles de estabilidade e tração, rádio CD/Aux.
Preço nos EUA: US$ 13.990, cerca de R$ 33 mil.
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