Motocicleta italiana dá aula de simplicidade com conjunto bem acertado
Junte duas rodas, dois cilindros e
uma estrutura mecânica simples. Essa é uma básica descrição da nova V7,
modelo de entrada da fabricante italiana Moto Guzzi. Ela foi renovada na
virada do ano, mas manteve o que existia de positivo na sua
antecessora. Em um mercado cada vez mais caracterizado por motos
potentes e de cilindradas maiores, os 750 cc e 50 cv da V7 são até
paradoxais. Mas a proposta da Guzzi é convencer exatamente que algo que
em um primeiro momento parece o mínimo, é mais que suficiente.
Na renovação da linha V7, as
principais alterações foram no motor. As tomadas de ar do propulsor
foram aumentadas para garantir que a curva de torque ficasse mais plana.
Assim, o V2 de 744 cc refrigerado a ar desenvolve 50 cv a 6.200 rpm e
6,11 kgfm de torque a reduzidas 2.800 rotações. A transmissão manual de
cinco marchas se manteve. A Guzzi também fez modificações para deixar a
moto mais leve. Saiu de 181 kg para 179 kg principalmente com a adoção
de rodas de alumínio.
A gama 2012 da V7 traz três versões
estéticas diferentes: Special, Stone e Racer. A primeira conta com
pintura de dois tons em vermelho e branco ou amarelo e preto. A Stone é
toda pintada em preto fosco, inclusive as rodas. Já a Racer é lotada de
cromado e com detalhes estéticos remetentes a modelos de corrida. Na
Itália, a mais barata é a Stone, vendida a 7.990 euros. A Special vai a
8.390 euros e a Racing chega a 9.350 euros. Respectivamente R$ 19,7 mil,
R$ 20,7 mil e R$ 23 mil.
A Moto Guzzi é uma das fabricantes
mais clássicas de motocicletas da Itália. A marca foi fundada em 1921
por dois pilotos e um mecânico da aeronáutica italiana no pós-Segunda
Guerra Mundial. Ela ficou conhecida pelo motor de cilindro único
horizontal de 500 cm³, configuração que esteve em todas as motocicletas
Guzzi por 45 anos. Eram motos feitas à mão, cuja assinatura do mecânico
responsável ia em cada motor. O período entre 1967 e 1973 foi marcado
pela estatização da marca e pela criação de modelos mais simples e com
motor V-Twin de dois cilindros a 90°, radicalmente diferente dos
utilizados até então. Em 1974, a marca passou às mãos da De Tomaso,
fabricante dos famosos esportivos – onde ficou até os anos 2000. Nesse
período, a marca retomou a rentabilidade e se firmou como marca
clássica. Desde 2004, a Guzzi pertence à também italiana Piaggio.
Impressões ao pilotar
Classe em duas rodas
Mandello del Lario/Itália
– A Guzzi V7 Special certamente é uma moto confortável. A altura do
solo faz a tarefa de subir na motocicleta fácil e o assento com
enchimento em gel é bastante conveniente. A posição de pilotagem, com o
corpo ligeiramente inclinado para frente e as mãos apoiadas no largo
guidão deixam o piloto muito à vontade e quase não cansa com o passar
das horas. O único inconveniente é a falta de ajuste da alavanca de
embreagem, que pode ficar um pouco longe demais para alguns pilotos.
Os instrumentos são simples e de
fácil leitura, mas não possui um simples marcador de combustível. A
autonomia de mais de 500 km pode tornar difícil lembrar do último
abastecimento. Embreagem e câmbio são muito suaves e a V7 se mostra uma
moto muito simples de usar no dia a dia.
No entanto, a Guzzi V7 é para ser
usada com calma. Apesar de bastante ágil, ela não gosta de ser levada
aos limites – a 6 mil rotações o motor já acusa excessos do piloto. Ao
menos, boa parte do torque está disponível em regimes mais baixos, que
permitem saídas de curva decididas. Os freios também não permitem
excessos. A roda traseira trava com alguma facilidade e na dianteira um
pouco mais de força de frenagem seria bem-vinda. Mas, a suspensão
absorve bem os solavancos e torna a condução bem agradável.
Já a V7 Racer traz os mesmos
predicados dinâmicos e mecânicos, vestidos numa roupagem ainda mais
interessante. Ela é definitivamente mais voltada a uma pilotagem
esportiva, portanto, mais difícil de ser usada diariamente. A posição de
pilotagem é um pouco melhor, mas os comandos são razoavelmente mais
pesados. No entanto, ela deixa bem claro que a escolha entre as
configurações da V7 é uma mera questão de gosto.
Ficha técnica
Moto Guzzi V7
Motor: A gasolina,
quatro tempos, 744 cm³, dois cilindros em V em 90º, quatro válvulas por
cilindro e comando de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica
multiponto e refrigeração a ar.
Câmbio: Manual de cinco marchas e transmissão por eixo cardã.
Potência máxima: 50 cv a 6.200 rpm.
Torque máximo: 6,1 kgfm a 2.800 rpm
Diâmetro e curso: 80 mm x 74 mm.
Suspensão: Dianteira
com garfo telescópico pressurizado e ajustável com 130 mm de curso.
Traseira com braço oscilante em liga-leve com 2 amortecedores, pré-carga
ajustável e 109 mm de curso.
Pneus: 110/90 R18 na frente e 130/80 R17 atrás.
Freios: Dianteiro
com disco simples de 320 mm de diâmetro com pinça de quatro pistões.
Traseiro simples com 260 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo.
Oferece ABS de série com EBD.
Dimensões: 2,18
metros de comprimento total, 0,79 m de largura, 1,11 m de altura, 1,59 m
de distância entre-eixos e 0,80 m de altura do assento.
Peso: 179 kg.
Tanque do combustível: 22 litros.
Produção: Mandello del Lario, Itália.
Preço na Europa: 8.390 euros, o equivalente a R$ 21 mil.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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