A pergunta acima pode parecer pejorativa e com um pouco de machismo, mas, acreditem: não a critico pelo simples fato de ser mulher. Danica Patrick sempre chamou a atenção no mundo do automobilismo pela sua coragem em entrar em categorias competitivas – como a Indy – e também por ser bonita e articulada quando se ligam câmeras e microfones.
Mas, na prática, ela nunca disse ao que veio. Na Indy, venceu apenas uma vez e se envolveu em várias pequenas picuinhas com outros pilotos. Efetivamente ela nunca foi fator, mesmo tendo bons carros para guiar.
Desde o ano passado, ao entrar na Nationwide Series, com raras exceções, ela sempre foi figurante nas provas que disputou. A aposta sempre foi em qual volta ela tomará a primeira volta do líder. No caso da Nascar, assim como na outra categoria que compete, ela possui um bom equipamento para pilotar.
Como ela, existem vários pilotos que sempre fazem figuração nas corridas. Mas o que a faria ganhar tanto destaque, até mesmo nessa coluna? A resposta já vem na própria pergunta: o espaço que ela possui na mídia.
Não sei quanto aos telespectadores da Nascar, mas me incomoda a quantidade de destaque que a TV americana e a própria categoria dão a ela. Danica parece um ser de outro planeta pelo simples fato de ser mulher.
Os americanos pararam no tempo e se surpreendem com a ascensão da mulher, ainda hoje, em pleno século XXI? Não, talvez muito pouco. Lá como cá, a mídia que comanda sempre quis trazer um modelo de bom-mocismo, mesmo que em sua atividade ele não fosse tão eficiente assim. Danica Patrick está dentro disso, assim como Dale Earnhardt Jr. Ele, pelo menos, já mostrou na pista que é mais piloto que Danica, mas faz parte de um sistema que a mídia americana adora exaltar.
Outros exemplos nítidos são os casos de Tim Tebow, do futebol americano e, mais recentemente Jeremy Linn, da NBA. Ambos tiveram “brilharecos” durante suas fases de classificação e não mostraram ao que vieram quando o calo apertou. O futuro deles pode me desmentir, mas não me parecem nomes que ficarão no esporte pelo mérito. Após algumas boas partidas desses últimos dois exemplos, a ESPN americana só faltou encaminhar uma carta ao Vaticano para fazê-los santos. Eram campanhas maciças, que enjoavam qualquer um que tinha um pouco de discernimento das coisas.
No Brasil, copiamos muitas vezes o modelo americano de se exaltar aqueles que podem ser heróis nacionais. Exemplos, nós temos aos montes de esportistas apenas médios em que a principal emissora de TV fez deles os maiores de todos os tempos de seu esporte. Na F1 são os casos de Rubens Barrichello, Felipe Massa e todos aqueles brasileiros que estreiam na categoria. No boxe, mesmo com alguns cinturões, o hoje deputado Acelino Freitas, o Popó, teve seu talento comparado aos de Éder Jofre por alguns “entendidos” do assunto. Pura forçação de barra.
Voltando à nossa figura principal, Danica Patrick não é tão culpada assim. Ela aceitou entrar nesse tipo de jogo que outros já entraram e muitos ainda vão entrar. A se lamentar apenas o fato dela tomar um lugar de algum piloto mais promissor que ela e que realmente tenha talento. No mais, basta a nós tentarmos ganhar a aposta da próxima corrida e adivinhar em que volta ela tomará a primeira volta do líder.
Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br/
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