O fuso invertido
O GP do Canadá é um daqueles "diferentes". Não só porque a pista é desafiadora a ponto de Jenson Button ter dito hoje que não há muito jeito de escapar de batidas no Muro dos Campeões -- "É daquelas situações em que, quando você vai ver, já foi", disse -- ou por ser uma cidade bacana cheia de restaurantes, lojas, num clima nada tenso. Há uma razão burocrática que faz com que o trabalho aqui seja diferente: o fuso horário.
Junto com o novo GP dos EUA em Austin, é o único momento do ano em que nós, brasileiros, trabalhamos atrás do Brasil no fuso horário, uma hora a menos por aqui. A correria aumenta, mas a FIA colabora, já que o horário também está atrás para os europeus (no caso deles, isso acontece também no GP do Brasil). Sendo assim, a entrevista coletiva desta quinta-feira, por exemplo, geralmente marcada para o meio da tarde, teve início às 11h da manhã.
O bom é que praticamente todos os jornalistas terminam o trabalho mais cedo e têm a oportunidade de fazer pelo menos uma refeição decente, o jantar, além de vivenciar mais a cidade. Por outro lado, é uma correria boa para entregar o material a tempo.
A história de um capacete
Entrevistas coletivas da FIA geralmente giram em torno do que nós chamamos de assuntos quentes, os assuntos do momento. Mas, eventualmente, aparece algum de nós com uma pergunta para alguma reportagem especial que, a princípio, gera algum estranhamento nos colegas, mas também acabam gerando respostas bacanas -- bobinhas, mas que de alguma forma deixam o clima mais leve. Hoje, rolou um caso assim.
No finzinho da coletiva, o colega Mineoki Yoneya, da publicação La Vie Creative, perguntou aos pilotos sobre a história dos seus capacetes e Mark Webber (taí o porquê da foto que ilustra o post) contou o seguinte:
"Eu desenhei meu capacete numa sala de aula. Era aula de ciências, mas eu estava muito entediado e resolvi desenhar meu capacete. Eu até lembro do nome da professora. Ela não ficou muito feliz, mas tive algumas ideias e acabei querendo colocar as cores da bandeira australiana, com o verde e o dourado no topo, que são as cores esportivas da Austrália. Obviamente eu perdi um pouco do verde quando fui pra Red Bull porque eles não gostam muito de verde, mas não mudou o capacete, é o mesmo em toda a minha carreira. É meu desenho, vou começar e terminar com ele".
Felipe Massa também contou sua história:
"Meu capacete foi desenhado pelo meu pai [Titônio Massa]. Meu pai corria por diversão, mas a cor era diferente. O dele era azul e laranja, e eu mudei para azul, amarelo e verde, cores do meu país. Uso o mesmo desenho desde que comecei. Vai ficando mais moderno com o passar dos anos, mas é muito similar ao que era antes. Acho que o capacete é como o rosto do piloto, não quero mudá-lo muito."
Além da questão da personalidade do piloto revelada no design, o capacete tem uma função muito prática de ajudar a identificar o piloto na pista. Por isso é que, apesar de achar as homenagens que os pilotos fazem eventualmente muito bacanas, meu lado "tiozinho que não enxerga a TV direito" acaba ficando meio chateado quando um piloto troca muito de capacete.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe e comente nossas postagens.
Faça sugestões de matérias que gostaria de ver publicadas no Novo Blog do Largartixa .
Solicitação de parceria serão aceitas apenas por email:blogdolargartixa@hotmail.com. Deixe seu email para resposta que, responderemos o mais breve possível.