Medidas duras do governo e impostos altos geram insatisfação na indústria automotiva japonesa
A fabricação de carros no Japão pode entrar em colapso. Isso é o que afirma Akio Toyoda, o presidente do Grupo Toyota e recém-empossado diretor da Associação Japonesa de Fabricantes de Automóveis (foto acima). De acordo com entrevista do empresário no jornal The Japan Times, os altos impostos cobrados pelo governo e o iene forte, são os grandes empecilhos para o crescimento da indústria automobilística japonesa.
Segundo Toyoda, existem “seis barreiras” para a construção de carros no Japão. Além da moeda forte e das taxas, o lento processo de conclusão de acordos de livre comércio com outros países, as rígidas normas da lei trabalhista, as rigorosas metas de diminuição da emissão de gases poluentes e a possibilidades de falta de energia no país contribuem para a futura crise.
Por outro lado, o executivo da Toyota prevê que, se as marcas japonesas mudarem o local de fabricação de milhões de seus carros para outros países, uma onda de desemprego se iniciaria. Por esse motivo as fabricantes estão tentando manter a produção doméstica de seus veículos e exigindo que o governo diminua o arrocho.
Sobre a possível falta de energia no verão japonês, as indústrias não estão planejando adotar as mesmas medidas do ano passado, quando trocaram os fins de semana por folgas semanais, assim reduzindo o pico de energia. Em 2011, os trabalhadores tiraram folga às terças e sextas-feiras e trabalharam nos sábados e domingos, o que não foi bom negócio já houve aumento dos encargos trabalhistas repassados aos parceiros comerciais e aos consumidores.
Para controlar a crise no setor, o executivo diz que a Associação irá continuar pressionando o governo a diminuir as restrições e a reduzir impostos para cortar os custos de possuir um carro. Além disso, vai procurar manter as relações com os Estados Unidos, apoiado na Parceria Trans-Pacífico, acordo multilateral de livre-comércio da região Ásia-Pacífico.
De olho no mercado internacional, Toyoda afirmou que permanecem as preocupações de curto prazo, como a crise europeia e a vagarosa economia norte-americana. Mas o presidente da Toyota mantém o otimismo e acredita que 2012 será positivo. Quanto aos mercados emergentes, ele continua a apostar na China, onde a nova classe-média está comprando cada vez mais carros.
Para Toyoda, quem pensa que o mercado automotivo japonês está estagnado comete um grande equívoco. E revela que a indústria de automóveis cresceu em média 4% ao ano nas últimas duas décadas. E que vai crescer ainda mais.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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