Chevrolet- Omega CD 3.0: o melhor brasileiro de sua época

Absoluto. O slogan com um único adjetivo fez do Omega um mito nacional. Se a máxima de que as melhores idéias são as mais simples, no caso do sedã da Chevrolet isso ficou mais do que claro. O comercial de lançamento, mostrando os detalhes de acabamento e motorização, marcou época. Mas seria absolutamente inútil se o carro não fosse mesmo a nova referência do mercado.

É difícil encontrar um deles em bom estado hoje em dia. Por ter se transformado na típica barca “de mano”, a maior parte sofreu modificações mecânicas, algumas não muito bem executadas, e perdeu suas características originais. A grande rotatividade de proprietários com o passar dos anos é outro fator que contribui para isso.
Mas consegui encontrar um exemplar em estado excepcional. Mais uma vez contei com a ajuda do Luís, da coleção LM & Malzoni. Antes de chegar ao local da gravação já notei que o reluzente sedã desfilava pela rua, com toda a imponência dos seus 4,74 metros de comprimento.

Esse carro é uma jóia rara. Ele traz, além da conservação externa, o pacote completo de opcionais do catálogo. Isso incluía teto-solar, o charmoso painel digital (que dá um toque diferente ao interior), computador de bordo, bancos revestidos de couro e o sistema de som premium. Este último se destaca, com toca-fitas e CD player embutidos, além de um belo conjunto de alto-falantes.
Externamente a versão CD, top de linha, trazia os logotipos e também as rodas de quinze polegadas. Sempre achei esse jogo mais bonito do que seu sucessor, com raios, que ficou muito popular no mercado de reposição.

O motor merece um parágrafo. Esse propulsor de seis cilindros em linha desenvolvido pela Opel tem 3,0 litros e 165 cv. Um de seus diferenciais é o funcionamento suave, progressivo, que vai entregando potência de forma a empurrar o sedã de forma extremamente confortável – como tudo nele.
A primeira constatação que tive ao guiá-lo foi justamente em relação ao conforto. A suspensão independente absorve todas as irregularidades do asfalto – melhor seria dizer todo o asfalto irregular de nossas ruas – e trabalha em conjunto com os amortecedores a gás.

O ruído do habitáculo não fica devendo nada a qualquer sedã zero-quilômetro que temos no mercado. Claro que a conservação rigorosa, nesse caso, foi mais do que necessária. A transmissão automática de quatro velocidades tem três programas de funcionamento e faz as trocas – longas – dentro da mesma concepção de comodidade.
Quase vinte anos se passaram desde o lançamento do Omega. Muita gente considera o carro como um dos últimos produtos de qualidade da Chevrolet no Brasil. Os comentários no vídeo refletem essa idéia. E o leitor, o que pensa do sedã que foi “absoluto” em nossa lista de desejos em meados da década de 90?

Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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