Beco do V8: Mustang '67 X Dodge Charger '76

“Beco do Batman”. Quem mora em São Paulo ou está ligado em arte provavelmente já ouviu falar desse local que se tornou uma galeria a céu aberto. O espaço foi tomado pelos grafites de cores e formatos variados e atrai visitantes de muitos lugares – e músculos – diferentes.

O beco é uma pequena viela na Vila Madalena que parece sem saída, e ganha contornos especiais quando resolvemos serpentear através de seus muros esguios com duas máquinas prateadas, perfeitas para dar o tom neutro à paisagem. A identificação das pessoas com os V8 é sempre incrível, especialmente com esse cenário especial.

O Mustang 1967 traz a primeira mudança visível de carroceria em relação aos primeiros modelos. Ele ficou mais encorpado, mas sem perder a identidade. O desenho genial, que transformou o pony car em sucesso absoluto de vendas, parece imortalizado pelo passar dos anos.
Debaixo do capô esse exemplar utiliza o V8 de 289 polegadas cúbicas, com aproximadamente 200 cv. O clássico traz uma transmissão manual de três velocidades. A primeira marcha é longa e invertida, o que faz da condução um grande prazer.

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Já o Dodge Charger R/T foi um sonho de consumo na década de 70. Ao contrário dos Estados Unidos, aqui o preço era quase proibitivo – qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência – e apenas playboys e jovens pais de família puderam apreciar seus dotes na época.
Logo após o lançamento, em 1971, o modelo fez sucesso no filme “Roberto Carlos a 300 km/h”. No longa Raul Cortez é concessionário Chrysler e o rei, juntamente com o “Tremendão” Erasmo Carlos, é um dos mecânicos. De quebra, o chefe tem um Avallone e RC aproveita um belíssimo exemplar na cor laranja – fazendo revisão na oficina – para treinar no circuito de Interlagos (com traçado antigo e tudo mais).

Fonte: jalopnik
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