Após WTCC, Brasil também sedia o GT1 em 2010

A partir de 2010, o Brasil passou a sediar etapas de duas das principais competições de turismo do mundo.

Além do Mundial de Turismo, que já acontecia em Curitiba desde 2006, o circuito de Interlagos recebeu uma prova do FIA GT1. E a festa foi completa em São Paulo com a vitória da dupla brasileira formada por Xandinho Negrão e Enrique Bernoldi, dividindo uma Maserati MC 12.

Porém, este não foi o único triunfo brasileiro na temporada: Ricardo Zonta, ao lado do belga Frank Kechele, conquistou as etapas da Espanha, em Navarra, e da Bélgica, em Spa-Francorchamps, com uma Lamborghini Murciélago.

O título do campeonato ficou com a dupla Andrea Bertolini e Michael Bartels, que pilotaram uma Maserati MC 12 e terminaram com 138 pontos, 19 à frente de Thomas Mutsch. A decisão por pouco não foi no Brasil, e acabou sendo confirmada ainda na prova de classificação da etapa final, na Argentina.

WTCC

Augusto Farfus voltou a ser o principal representante do Brasil no Mundial de Turismo em 2010. Cacá Bueno também participou pela primeira vez de uma prova da categoria, na rodada dupla da Inglaterra, em Brands Hatch, porém, abandonou.

O ano foi ruim para a BMW, equipe do brasileiro, que aos poucos vai diminuindo seu foco na categoria. Pela primeira vez desde que estreou no Mundial, em 2005, Farfus terminou uma temporada sem vitórias e ficou na sétima posição do campeonato.

O francês Yvan Muller, da Chevrolet, conquistou o seu segundo título na categoria [o primeiro tinha sido em 2008] com confortáveis 55 pontos de vantagem sobre Gabriele Tarquini, apesar de ter vencido apenas três provas contra cinco do adversário.

O triunfo também foi importante para a Chevrolet, que venceu pela primeira vez tanto o campeonato de pilotos quanto o de construtores.

DTM

De olho em uma vaga na F-1, Paul di Resta, da Mercedes, conquistou o título do DTM de 2010 com uma grande campanha e em uma decisão na tumultuada etapa final nas ruas de Xangai, na China.

O escocês de 24 anos se dividiu entre as disputas do campeonato alemão de turismo e o emprego de piloto de testes da Force India na principal categoria de monopostos do automobilismo, participando, inclusive, de oito sessões de treinos livres durante o ano.

A temporada no DTM não começou bem para Di Resta, que após as quatro primeiras etapas era apenas o quinto colocado da classificação geral, com 17 pontos, 15 atrás do então líder Bruno Spengler.

No entanto, a arrancada do escocês a partir deste ponto foi incrível, com três vitórias e três segundos lugares, quando somou 54 dos seus 71 pontos.

Mesmo assim, a disputa chegou na última etapa, na China, com três pilotos brigando pelo título. Spengler, com 66, Di Resta , 63, e Gary Paffet, 57. Em uma classificação confusa e com muitos acidentes, Spengler ficou com a última posição do grid, enquanto seus dois concorrentes dividiam a primeira fila.

Paffet venceu, ficando com o vice-campeonato, enquanto que a segunda colocação bastou para Di Resta celebrar o título.

Na disputa entre Mercedes e Audi, a marca da estrela das três pontos levou a melhor ficando com as três primeiras posições do campeonato de pilotos.

Le Mans

Se no DTM a Audi irá preferir esquecer o ano de 2010, o mesmo não se pode dizer das 24 horas de Le Mans.

A marca das quatro argolas retomou a coroa da tradicional prova francesa ao fazer a trifeta na edição deste ano e ver sua principal concorrente, a Peugeot, que tinha vencido a corrida em 2009, falhar completamente ao abandonar com seus três carros oficiais.

O trio do carro número nove, que recebeu a bandeirada na primeira posição após 297 voltas, foi formado pelos alemães Mike Rockenfeller e Timo Bernhard e o francês Romain Dumas.

O melhor brasileiro na prova foi Augusto Farfus, que com uma BMW M3 ficou na sexta posição na LMGT2 e em 19º na classificação geral. Jaime Melo, que defendia o bicampeonato da mesma categoria, abandonou a prova com sua Ferrari 430.
Fonte:tazio.
Disponivel em:http://tazio.