Kim Reynolds// Fotos: Brian Vance (New York Times Syndicate)
Ford New Fiesta hatch que chega no fim do primeiro semestre ao Brasil na frente dos rivais Tiida, Fit e Yaris
Na nossa opinião: Ford, pare de agir com essa nefasta ardilosidade nas sombras. O Fiesta precisa vir a público e se sujeitar a um teste comparativo para ser considerado um carro de verdade.
As regras básicas para a luta que viria a seguir eram as seguintes: os competidores tinham que ser hatchbacks de quatro portas equipados com câmbios automáticos familiares ao motorista urbano americano e ter uma pequena dose de esportividade se possível. E, caso não fosse, o mais perto possível que nosso acervo pudesse arrumar. Após conduzir uma tediosa bateria sem precedentes de medições internas, medições de ruídos e quantificações de conforto envolvendo muitos fios e planilhas enormes, nos dirigimos a Westlake Village para um trajeto do mundo real que incluía a Mulholland Drive (mundo real? Com certeza!) e a via expressa 101. De lá, fomos para Newport Beach para algumas fotos à beira-mar, acabando no sombrio restaurante La Cave em Costa Mesa para ótimos filés, bebidas e ruminações.
A ordem final, se eu consigo entender as anotações nesse guardanapo amarrotado, foi...
Toyota Yaris: Carro pequeno, preço menor ainda
Entre os quatro, o Toyota é o mais equipado
E, apesar de um preço inicial de US$ 2.605 (cerca de R$ 4.430) menor do que o segundo carro mais barato aqui (o não exatamente extravagante Tiida), o Yaris ainda tem uma boa lista de virtudes sobre as quais se gabar. Por exemplo, ele acelera cabeça a cabeça com o Fit Sport até os 100 km/h e para 3,95 m antes do Fit e – veja só – vem com controle de estabilidade e tração, ABS, distribuição eletrônica da força dos freios e assistência a frenagem, tudo como equipamento básico. Anotem isso, pais de guerreiros das estradas em direção à faculdade. E, se aquela bolsa de estudos sair, considere optar pelo Power Package de US$ 1.705 (cerca de R$ 2.900) presente em nosso carro, que povoa o Yaris com as opções elétricas de costume (travas das portas, vidros, rádio AM/FM com CD), mas também com uma importante flexibilidade na bagagem com o encosto traseiro rebatível e assentos que se deslocam em 11,5 cm. Isso faz diferença em um carro tão pequeno.
Na estrada, praticamente tudo no Yaris é relativizado com “mas, sabe, o preço inicial é de só quinze mil dólares (R$ 25.500)”. Faltam marchas (há apenas quatro) – retruque: “Quinze mil doletas.” Pior tempo na pista em oito? – “quinze mil verdinhas.” Barulhento? – “Quinze mil americanos.” O que, se dito suficientes vezes, acaba começando a soar bastante atraente.
Nissan Tiida: o terno confortável
Interior do Nissan destaca-se pela sobra de espaço
E se esse comparativo se concentrasse puramente em trajetos urbanos, o Tiida já estaria estourando o champagne. De acordo com nosso medidor de ruídos e 6,5 km de belos pisos irregulares, o Tiida foi o mais quieto por uma margem considerável, ao mesmo tempo em que presenteia o condutor com o segundo melhor nível de conforto ao volante.
A queda do Tiida veio em dois lances. Embora seu comportamento em curvas tenha se provado inesperadamente sensível a comandos do acelerador na pista circular, ele foi desconcertado pelas cambagens aleatórias no asfalto de Mulholland. Por outro lado, seus 124 cv o fizeram o mais ligeiro até os 100 km/h (levando 9,1 segundos) enquanto o ótimo trabalho do câmbio CVT com suas opções de relações infinitas parecia clarividente na batalha do trânsito cotidiano. A segunda falha é sua inobservância ao design. Não é que ele seja feio. É que ele simplesmente não se parece com... nada, na verdade. Al Gore deve ter feito o esboço dessa coisa. Tecnicamente, a Nissan tem uma pedra preciosa em suas mãos. Da próxima vez, eles precisam lapidá-la também.
Fonte:revistaautoesporte
Disponível em:http://revistaautoesporte.globo.com
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