27 de set. de 2012

Duelo ao amanhecer: CEO da Fiat chama o da VW para resolver diferenças

Fotos: Focus.de (Martin Winterkorn) e Divulgação (Sergio Marchionne)
Duelo ao amanhecer: CEO da Fiat chama o da VW para resolver diferenças
Executivos da Fiat e VW entram em rota de colisão e CEO da empresa italiana convida alemães para discussão cara a cara

Segundo notícia da agência Bloomberg publicada no site "Automotive News", o CEO da Fiat, Sergio Marchionne chamou os executivos da Volkswagen para resolver as diferenças pessoalmente. O dirigente italiano teria se irritado com a declaração do diretor financeiro do grupo alemão, Hans Dieter Poetsch, que afirmou que " as fabricantes do Sul da Europa podem ter dificuldade para sobreviver à crise sem a ajuda do governo ". " Se a Volkswagen, por meio de seu presidente executivo, acha que precisa fazer alguma coisa, diga-lhes para aparecerem amanhã às 7 horas em nosso estande ", desafiou Marchionne .
 
 
Para aumentar a tensão no evento, o CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, aceitou o convite do italiano. Ele garantiu que estará às 7 da manhã dessa sexta na reunião da Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis - ACEA -, no espaço da Fiat no evento parisiense. Martin ainda apimentou a discussão ao entrar no assunto da Alfa Romeo. Irônico, o chefão da empresa de Turim disse que a marca não foi colocada à venda e que os alemães " precisam cantar em outro lugar ". Ainda assim, o presidente do conglomerado de Wolfsburg, Ferdinand Piech, garantiu que o grupo pode esperar para ter a Alfa Romeo. De forma taxativa, Marchionne reiterou que não deseja se desfazer da Alfa Romeo. E ainda debochou: " preciso dizer não em alemão? ".
 
Esta não foi a primeira vez que representantes das duas marcas trocaram farpas. Em julho, o porta-voz da Volkswagen, Stephan Gruehsem, disse que Sergio Marchionne não era qualificado para liderar a ACEA. Depois, a fabricante ameaçou deixar a associação, motivada por uma declaração ao jornal The New York Times, na qual o italiano acusa os alemães de criarem um "banho de sangue" no mercado europeu por causa de sua estratégia agressiva de preços.

A mesma argumentação de que a crise é coisa "do Sul da Europa" foi utilizada recentemente no Salão de Hanover, por executivos de marcas germânicas e escandinavas. No que depender do setor automotivo, parece que a União Europeia está mesmo por um fio.

Fonte: motordream
Disponível no(a): motordream.uol.com.br
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