
Há alguns meses falei aqui sobre o Mercedes-Benz G55 AMG, que recebeu o justificado título de “tijolo supersônico” do nosso editor, com seus 507 cv e cara de poucos amigos. Agora a idéia é explorar um concorrente mais elegante, com o charme típico dos ingleses.

A Land Rover surgiu em 1948. Naquela época o requinte passava longe de seus propósitos, mais voltados a passar sobre qualquer terreno, mesmo debaixo de chuva ou neve. A divisão de luxo, no sentido técnico e não literal da palavra, foi apresentada ao público em 1970. Nascia então a Range Rover.
A idéia central da marca foi criar um utilitário que pudesse continuar mantendo a boa fama de todo-terreno, mas que, por outro lado, disponibilizasse aos ocupantes conforto de sobra para encarar quilômetros de estrada ou as piores trilhas até chegar à fazenda.
A versão Sport chegou ao mercado há alguns anos, trazendo como diferencial o espírito jovem, a traseira levemente pronunciada e um belo veneno no motor. Basicamente são oferecidas duas opções ao comprador: o V8, com supercharger e 510 cv, e o V6 biturbo à diesel com 3.0 litros, 245 cv e torque monstruoso (61,2 kgfm).
Tive a oportunidade de passar uma semana a bordo de um exemplar da segunda versão, marcando apenas 41 quilômetros rodados no odômetro, com o conhecido aroma de carro novo. Ah, também é branco, a cor da moda. Recebi as instruções da assessoria de imprensa da marca e ganhei a rua. Respeitando a hierarquia familiar, uma Freelander que passava cedeu passagem na saída do congestionado estacionamento.
No dia seguinte fiz algo que muitos proprietários – de qualquer marca – não fazem: li todo o manual para aprender sobre as principais funções, do computador de bordo ao sistema Terrain Response, mesmo sem intenção de colocá-la no barro (desta vez, pelo menos). A leitura permite o domínio completo da máquina e suas características principais.
Voltando aos detalhes, o acabamento é um dos pontos fortes, com madeira de lei no painel, couro Alcântara nos bancos e sistema de som da Harman-Kardon com mais de uma dezena de alto-falantes. A tela central traz o GPS e as diversas funções de áudio, inclusive a ativação dos monitores traseiros. Só faltava mesmo reproduzir os números do computador de bordo, que tem seu mostrador limitado ao centro do painel.
Mas é rodando que o utilitário (de luxo) mostra outras qualidades. O motor biturbo V6 tem um funcionamento bastante suave e proporciona vigorosas arrancadas, como em saídas de semáforo. O 0 a 100 é feito em 9,3 segundos e a transmissão ZF de seis marchas trabalha sem buraco nas trocas. O motorista pode ainda deslocar a alavanca para a esquerda e utilizar o Command Shift, assumindo o comando das mudanças.
No centro do painel o modelo 2012 traz um novo seletor do sistema Terrain Response, com opção de diversos terrenos e aclives. Nesse ponto é possível escolher entre três opções de altura na suspensão com bolsas de ar, lembrando que tanto a mais baixa quanto a mais alta são limitadas a velocidade de 30 km/h.
Na próxima matéria com um modelo da marca vamos explorar um pouco mais do seu lado selvagem na pista de testes da Land Rover. Custando R$ 322 mil, a versão Sport TDV6 mostrou um bom equilíbrio entre desempenho e economia, algo pra quem gosta de ir pelos caminhos mais difíceis ou curtir uma viagem longa no asfalto.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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