23 de nov. de 2011

Por vaga, L. Razia comemora testes e surpreende com metáfora

Brasileiro admite que patrocínios interferem na definição de pilotos e diz: só talento não coloca na F1. Foto: Edson Lopes Jr./Terra Brasileiro admite que patrocínios interferem na definição de pilotos e diz: só talento não coloca na F1
Foto: Edson Lopes Jr./Terra

Emanuel Colombari
Direto de São Paulo
O baiano Luiz Razia acredita em suas chances de ser titular na temporada 2012 da Fórmula 1, e uma vaga na equipe Caterham - atual Team Lotus - parece ser a mais palpável. Porém, que ninguém espere que o posto de Jarno Trulli, 37 anos, é o mais visado. No que depender de Razia, qualquer companheiro de equipe seria bem-vindo no time de Tony Fernandes.

"O (Heikki) Kovalainen também está pensando em equipes maiores. Ele fez uma temporada muito boa. A equipe pensa em manter ele. Eu não penso entre um e outro", explicou Razia nesta quarta-feira, em evento com a imprensa realizado em São Paulo. Durante o bate-papo, Razia fez diversos elogios aos titulares da Team Lotus.
"O Trulli é mais aberto. O nível técnico dos dois é muito alto. O Heikki já passou pela McLaren, já ganhou corrida. O Trulli também já fez pole, já ganhou corrida. Aprendi muito com ele nessa temporada", declarou também.
Razia admite que a questão dos patrocinadores desempenha papel importante na definição de duplas titulares para 2012. No entanto, com um bom desempenho nos testes de pilotos novatos em Abu Dhabi (nos quais superou inclusive os companheiros de equipe), espera ao menos ter se colocado na briga por vagas oficiais na Caterham.
"Não colocam qualquer Zé Mané para o carro. Por isso continuaram com o Trulli (em 2012). Mas se você mostrar que tem trabalho tão bom quanto o dos outros pilotos, a equipe pensa", disse, satisfeito com o desempenho entre os novatos. "Acho que foi muito bom. Estavam testando e fui o melhor dos três. Fizeram testes de amortecedores e de pneus comigo. Isso mostrou confiança no meu feedback", analisou.
Diante da concorrência de pilotos com patrocínios fortes, Razia - que também depende de suporte financeiro para tentar uma vaga na F1 - assegura que dificilmente um piloto conseguirá entrar hoje na Fórmula 1 dependendo apenas de coragem e talento. No discurso, ele adotou uma metáfora inusitada.
"Hoje em dia, eu acho difícil. Só se vier um e mostrar que tem três bolas. E eu acho difícil", surpreendeu, com bom humor. "Todo piloto que entra na Fórmula 1 hoje precisa de apoio financeiro. Isso sempre existiu. Mas isso não deixa de separar os talentos. Só entram os pilotos que têm talento", declarou também.

Fonte: terra.com.br/
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br/

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